Por Gabriela Mestre
Com supervisão de Lucas Lyra
Segundo a juíza 7° Vara Criminal de Cuiabá, Selma Arruda, os esquemas de corrupção de Mato Grosso que tem como réu o ex-governador Silval Barbosa (PMDB) estão sendo desenrolados graças às auditorias feitas desde que o governador Pedro Taques (PSDB) assumiu o cargo. As investigações foram impulsionadas com a colaboração da Controladoria Geral do Estado (CGE) e são conduzidas pela juíza, chamada pela mídia de “Moro de saias”, em referência ao juiz do Paraná.
Taques criticou o acordo de delação premiada de Silval que denuncia propina paga a diversos políticos mato-grossenses durante o mandato do peemedebista. Em entrevista, o governador já afirmou ser inimigo político de Silval e destaca que se orgulha disso. Ainda que as investigações tenham sido alavancadas pelas auditorias, a juíza Selma considera as incriminações manifestadas até então apenas “a ponta de um iceberg”.
Caso o ex-governador seja condenado, sua pena não será cumprida em regime fechado e o acordo de delação limita sua pena em até 20 anos. O esquema de corrupção em Mato Grosso que envolve Silval pode ter desviado ao menos R$ 1 bilhão das verbas públicas e envolve não apenas políticos do estado, no esquema que ficou conhecido como “mensalinho”, mas também membros da própria família do acusado.