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Contrariado pela CCJ, PSDB quer saída do relator de Temer

Por Gabriela Mestre

Com supervisão de Lucas Lyra

Ignorando o pedido de membros do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), escolheu como relator da segunda denúncia de Michel Temer (PMDB), um tucano. A escolha de Bonifácio Andrada (PSDB-MG) contrariou os psdbistas, que querem a retirada do deputado. Nesta sexta-feira (29), Bonifácio assegurou que não renunciará a relatoria, apesar de pressionado.

O presidente do PSDB, Tasso Jereissati (CE), conjuntamente ao líder do partido na Câmara, deputado Ricardo Tripoli (SP), rogam pela desistência do deputado mineiro. Caso contrário, apelam pela sua retirada, que implicaria na escolha de um novo relator pela CCJ. Bonifácio se manifestou ressaltando a autonomia de Rodrigo Pacheco na escolha da relatoria. Os membros do PSDB, que não concordam com a decisão de Pacheco, dizem prezar pela integridade interna do partido, e alegam a nomeação de Bonifácio como estratégia governamental para dividi-los e preservar o presidente da República.

Ainda que tenha agradado a base governista ao optar por um deputado que preferiu pelo arquivamento da primeira denúncia de Temer, o presidente da CCJ foi criticado pelo PSDB por ter feito um “jogo combinado com o governo” que apoiaria o presidente da República, e tornou-se pretexto da instabilidade da associação. Na primeira denúncia de Temer, o relator foi Paulo Abi-Ackel, também do PSDB de Minas. Agora, o presidente é acompanhado pelos ministros Eliseu Padilha e Moreira Franco em sua denúncia.

Bonifácio Andrada é deputado há 38 anos e cumpre seu décimo mandato. Descendente de José Bonifácio de Andrada, o “Patriarca da Independência”, faz parte de uma família que integra o Congresso há quase 200 anos.

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