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Em sessão calma, Câmara salva Temer, Eliseu e Moreira

Por Lucas Lyra

 

Talvez refletindo os arredores do Congresso Nacional nesta quarta-feira (25), onde não se via manifestantes ou protestos, mas sim, turistas, aos montes, tirando fotos na Esplanada dos Ministérios como uma quarta-feira qualquer, a Câmara dos Deputados aprovou o relatório do deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG), contrário a denúncia feita pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o presidente Michel Temer e seus ministros Eliseu Padilha e Moreira Franco.

A oposição bem que tentou fazer algum barulho no Salão Verde, onde montaram caixas de som e faixas e ficaram fazendo discursos contra Michel Temer. Porém, a estratégia de atrasar a votação da denúncia impedindo que o quórum do plenário atingisse o mínimo necessário (342 deputados), não deu certo.

O deputado Alessandro Molon (Rede-RJ), alegou que a resistência para compor o quórum no plenário não se dava por motivos regimentais. “Como esperado, o governo enfrenta enorme dificuldade para colocar quórum no plenário. Nós, da oposição, vamos seguir mobilizados para empurrar a sessão até a noite, de forma que a votação ocorra quando a população brasileira estiver em casa, vendo como cada deputado vai votar”, disse o carioca.

Foto Ricardo Padue

Beto Mansur, vice-líder do governo na Casa, afirmou que “a oposição sabe que não tem número para vencer a disputa e que os aliados do governo estão otimistas com o quórum e com a vitória para encerrar de vez a polêmica”.

A notícia da cirurgia de emergência realizada por Michel Temer nesta tarde devido a uma “obstrução urológica” repercutiu no Congresso, e a oposição só se acalmou quando o Planalto emitiu uma nota oficial sobre o estado do presidente.

Foto Ricardo Padue

Até que, quando o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), encerrou a primeira sessão da denúncia para recomeçar a contagem do quórum, alguns oposicionistas podem ter ficado mais esperançosos quanto a estratégia. Mas por volta das 17 horas o quórum exigido foi alcançado no plenário e os trabalhos da sessão foram iniciados.

Foto Ricardo Padue

A oposição se agarrou ainda a possibilidade de, que se a votação não fosse iniciada até as 19:30, Rodrigo Maia seria obrigado a encerrar a sessão e iniciar uma nova, o que recomeçaria também a contagem do quórum. Assim, alguns discursos mais inflamados começaram a ser proferidos no plenário, acompanhados de mais placas e faixas.

Foto Ricardo Padue

Por volta das 19 horas, porém, as bancadas já haviam sido orientadas por seus líderes e os deputados começaram a encaminhar seus votos individualmente.

Dessa forma, por volta das 21 horas o assunto já estava resolvido. O resultado esperado, era agora concreto. Vitória de Temer, novamente. Desta vez, com um placar um pouco mais desfavorável ao presidente que na primeira denúncia: 251 x 233 pelo arquivamento do processo.

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