Procuradores da Lava Jato querem atuação política em 2018
Os procuradores da Operação da Lava Jato se reuniram ontem (27) no Rio de Janeiro. Além da força-tarefa fluminense, participaram os membros de Curitiba e São Paulo. Foi a primeira vez que eles se reuniram todos juntos. A outra novidade é que, ao menos de forma indireta, os procuradores querem interferir nas eleições de 2018. Ao final do encontro, eles divulgara a “Carta d Rio de Janeiro”, em que anunciam “ações conjuntas” em 2018, ano que para eles é a “batalha final da Lava Jato porque as eleições determinarão o futuro da luta contra a corrupção do nosso país”.
‘Ministro’ de Bolsonaro confirma contato
O economista Paulo Guedes, escolhido pelo pré-candidato à Presidência da República, Jair Bolsonaro, como o provável Ministro da Fazenda de seu eventual governo, confirmou o contato, mas não deixou claro se aceitaria participar de um eventual governo do deputado federal. Guedes é tido como um economista ultraliberal, que descarta totalmente o estado. Ao escolhê-lo, Bolsonaro deu um aceno ao mercado financeiro e ao grande empresariado nacional e internacional.
Comissão de Ética abre processo contra presidente da EBC
A Comissão de Ética Pública da Presidência da República abriu ontem (27) processo contra o presidente da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Laerte Rimoli, e contra 10 ministros do governo Temer. Rimoli será investigado sobre as postagens de deboche que fez em suas redes sociais a respeito das declarações da atriz Taís Araújo sobre racismo.
Luislinda também se tornou alvo
A ministra dos Direitos Humanos, Luislinda Valois, também tornou-se alvo de processo da Comissão de Ética da PR. Ela teria cobrado da União o reembolso de diárias em um fim de semana em que não trabalhou em Salvador (BA), onde ela tem casa. Ela recebeu ressarcimento referente a 3 diárias em Salvador, sendo que só cumpriu agenda oficial em 2 dias. O valor reembolsado foi de R$ 1.985,19. Luislinda envolveu-se em polêmica em novembro ao citar escravidão para pedir salário de R$ 61,4 mil. O valor corresponde ao acúmulo de seu salário como ministra com o de desembargadora aposentada pela Bahia.
DEM e PP devem caminhar juntos em 2018
O DEM e o PP devem caminhar juntos em 2018. Os dois partidos já sinalizaram que vão definir conjuntamente se lançam candidato ou se vão apoiar o nome de outra legenda. Por enquanto esta última é a tendência de maior possibilidade para as duas legendas.
Como presidente do PSDB, Alckmin consolida candidatura
Embora ele afirme que a definição só acontecerá no dia 9 próximo, data da convenção nacional do PSDB, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, está confirmado na presidência da legenda. Com a desistência de dois dos nomes mais cotados, o senador Tasso Jereissati (CE) e o governador goiano Marconi Perillo, Alckmin se fortaleceu e assim alavanca sua candidatura a presidência da República.
Temer não gostou nada da ideia
O presidente Michel Temer não gostou nada de ver Alckmin na presidência do PSDB. A principal razão é que o governador paulista sempre foi contra a entrada dos tucanos no governo peemedebista. Com Aécio Neves fora do partido, a já anunciada debandada geral fica não apenas consolidada, mas se apresenta um futuro incerto na relação do PMDB com o PSDB, inclusive nas alianças de 2018.
OAB critica reformas
A 23ª Conferência da Advocacia Brasileira, que teve início ontem em São Paulo, serviu para a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) marcar sua posição contra as reformas do governo federal. A OAB Nacional, desde o primeiro momento, apoio o impeachment da ex-presidente Dilma, mas se manteve crítica em relação ao novo governo, ainda que timidamente. Mas agora a entidade faz duras críticas a Temer e à Operação Lava Jato, que “ainda que a pretexto do combate à corrupção, autoridades que se arvoram em novos salvadores da República”.
Maia arquiva pedidos de impeachment
Quase ninguém sabia, mas tramitavam na Câmara dos Deputados nada menos que 26 pedidos de impeachment contra o presidente Temer. Um deles foi apresentado pela OAB Nacional, que checou a acionar Maia no Supremo por “omissão” na tramitação dos pedidos. O presidente da Câmara, no entanto, resolveu arquivar todos.
Previdência pode ficar para 2018 até na Câmara
O Palácio do Planalto dava com favas contadas a votação da proposta de reforma da Previdência (ou pelo menos parte dela) ainda em 2017 na Câmara dos Deputados e a votação no Senado somente ano que vem. Mas ontem o presidente Rodrigo Maia afirmou que a proposta poderá ser votada ainda agora, mas que o ideal seria fevereiro próximo.
Frase do Dia
“Vou votar o texto que eu tiver condição de votar. Espero que seja o texto que já está apresentado na semana passada pelo deputado Arthur Maia (PPS-BA). Mas, se nós precisarmos ceder alguma coisa, o que eu espero que não aconteça, nós vamos continuar dialogando. Tem alguns temas que precisam ser dialogados para a gente poder avançar”.
Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados.
