Por Lucas Lyra
A relatora da Medida Provisória (MP) que parcela dívidas do Fundo de Assistência do Trabalhador Rural (Funrural) na Câmara dos Deputados, Tereza Cristina (sem partido- MS), afirmou que se o Congresso deixar a legislação caducar, causará um “estrago enorme” no agronegócio brasileiro.
O texto foi enviado pelo Planalto no início de agosto, e causou muita polêmica. A legislação já esta em vigor por se tratar de uma MP, mas se não for aprovada pelas duas Casas do parlamento ainda nesta terça-feira (28), perderá a validade.
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), até tentou pautar o plenário da Casa na noite da ultima segunda-feira (27), mas somente 39 deputados compareceram para a votação.
A deputada Tereza Cristina, que recentemente saiu do PSB por ter se mantido na base aliada de Temer mesmo com determinação contrária da legenda, defende a aprovação do texto. “O estrago da não aprovação deste parcelamento será enorme para o setor produtivo”, garante ela.
A deputada aponta, porém, que uma saída para o problema é a apresentação do mesmo texto via Projeto de Lei, por um deputado.
Segundo o Governo Federal, há entre R$8 e R$10 bilhões em atrasados a serem pagos ao Funrural. A previsão é que se a lei for aprovada, R$2 bilhões serão arrecadados ainda neste ano.