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Maia prefere contar votos da reforma da Previdência em segredo

Por Gabriela Mestre

Com supervisão de Lucas Lyra

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), vem narrando as expectativas do Congresso Nacional pela votação da reforma Previdência e admitiu, nessa quarta-feira (6), que não enxerga como benéfica a divulgação da quantidade de votos da Casa. A aprovação depende de parecer favorável de pelo menos 308 parlamentares, número ainda distante ao governo, de acordo com o presidente.

Maia alterou seu posicionamento de “pessimista” para “realista” em relação à votação. Um dos maiores defensores da reforma idealizada pelo governo de Michel Temer (PMDB), o presidente da Câmara se pronunciou afirmando que a proposta só irá ao Plenário quando houver conquistado o número de votos necessário para que seja aprovada. Ele conta com a reforma para impulsionar indicadores econômicos do Brasil em 2018.

O propósito de Temer e Maia é vota a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que muda as leis da Previdência Social ainda neste ano. Nos dias que precedem o fim do ano legislativo, eles seguem se reunindo com líderes de partido e bancadas em busca de apoio. O PMDB manifestou que a maioria da coligação já é favorável à PEC. Maia conta, também, como apoio do PSDB, e espera que a sigla feche questão em relação à Reforma.

Apesar de dizer que a divulgação do número de votos já conquistados no Planalto representa uma “pressão” sob os deputados que ainda não se alinharam, Rodrigo Maia segue contabilizando posicionamentos dos aliados. “O que a gente precisa é contar voto, sem reserva, mas sem gerar publicidade para isso, porque isso não agrega em nada. Depois, gerar uma data para votar isso”, afirmou o representante da Câmara.

O relator da PEC, Arthur Maia (PPS-BA), não considera outro momento para que as negociações da reforma aconteçam senão agora. Para ele, o “engajamento [dos aliados] tem crescido”. Contudo, a impopularidade da proposta pode ser significativa para a análise do posicionamento dos parlamentares em véspera de eleições.

O texto da proposta de emenda passou por reajustes que amenizaram suas mudanças na Previdência. Um dos pontos prevê a alteração da idade mínima de aposentadoria para 65 anos aos homens e 62 às mulheres, que deve ser feita de maneira gradativa no decorrer de duas décadas. Segundo o presidente Temer, a visão gerada por essas alterações criaram um “terrorismo inadequado” no país.

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