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Maggi lança Selo Agro Mais Integridade como resposta à ‘provocação’ da Carne Fraca

Por Gabriela Mestre

Com supervisão de Lucas Lyra

O presidente Michel Temer (PMDB) e o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Blairo Maggi (PP), lançaram, nessa terça-feira (12), o prêmio Selo Agro Mais Integridade, em solenidade no Palácio do Planalto. De acordo com Maggi, o projeto é resultado de uma “provocação” da Operação Carne Fraca da Polícia Federal.

Além do Selo, Temer e Maggi estabeleceram o Pacto pela Integridade com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, proposta que integra o Mapa, como Ministério pioneiro, ao Programa de Fomento à Integridade do Governo Federal (Profip) do Ministério da Transparência, Fiscalização e Controladoria Geral da União. O Pacto significa o empenho no setor agropecuário de combate à corrupção.

Abrindo o evento, o Secretário Executivo do Mapa, Eumar Novacki, afirmou: “nós entendemos que, em um primeiro momento, isso [o prêmio] será um diferencial de mercado, mas muito em breve, será uma exigência”. Em seguida, o Ministro Blairo Maggi ressaltou que o premio é resultado de uma “provocação” oriunda da Carne Fraca, que o surpreendeu a ponto de considerar que “a agropecuária e a agricultura brasileira estão sobre um risco muito grande”, que teria presenciado “quase que o fim do mundo” se não houvesse uma iniciativa governamental.

A Operação Carne Fraca, deflagrada em maio desse ano em seis estados e Distrito Federal, investiga pagamento de propinas por frigoríficos a fiscais do Mapa, que liberavam licenças e permitiam fiscalizações irregulares das empresas. Dentre as empresas envolvidas estão a JBS e a BRF Brasil, que é composta por corporações como Sadia e Perdigão.

A premiação visa homenagear empresas do agronegócio que trabalham pela ética social e ambiental em suas gestões de maneira excepcional. O destaque será concedido, especialmente, às empresas que obedecem a Lei Anticorrupção. O Selo Agro Mais Integridade busca incentivar empresas e entidades que estabelecem práticas contra desvios de conduta e ilegalidades, de modo que sofram coerção não apenas por punição legal, mas pelo meio social.

O Comitê Gestor será formado pelo Ministério da Transparência, a Confederação Nacional da Agricultura, a Embrapa, o Instituo Ethos e a Associação Brasileira de Empresas Limpas. Até o final de janeiro, há a possibilidade de inserção no Comitê a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e a B3 (Brasil, Bolsa, Balão – Bolsas de Valores).

As inscrições das empresas agropecuárias para concorrer ao Selo estarão abertas no período entre fevereiro e março de 2018, e a premiação está prevista para acontecer no Dia do Agricultor, celebrado no dia 17 de outubro.

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