Por Cláudia Olive Cavalcanti
A orientação nutricional é importante para que o paciente aprenda a escolher os melhores alimentos e que esteja ciente das possíveis deficiências nutricionais E conseqüente da cirurgia.
A nossa função é orientar sobre a forma correta de se alimentar para que não ocorra nenhuma deficiência. Inserir cuidadosamente os alimentos corretos focalizando a lei da Nutrição.
A Lei da Qualidade mostra que a alimentação deve ser completa em sua composição e que forneça ao organismo todos os nutrientes que ele necessita.
Os nutrientes são essenciais para formação, crescimento e manutenção de um corpo saudável ao longo da vida, assim como para uma possível recuperação quando necessário.
As refeições devem ser variadas, oferecendo todos os grupos de nutrientes para o bom funcionamento do corpo. Nós somos formados por células e nossas células precisam de nutrientes, portanto esta é a matéria prima do organismo. A saúde do nosso organismo depende da qualidade do que fornecermos para que ele tenha ou não um bom desempenho.
A Lei da Harmonia fala que é preciso ter um equilíbrio entre os todos os nutrientes que necessitamos. Não é porque um nutriente é bom que devemos consumi-lo em grande quantidade. É necessária uma relação de equilíbrio na composição da alimentação de modo a evitar os excessos ou deficiências de nutrientes.
O nosso organismo aproveita corretamente os nutrientes quando estes se encontram em proporções adequadas. Assim, é importante haver um equilíbrio entre eles, pois as substâncias não agem isoladamente, mas sim em conjunto. Por exemplo, a relação entre a ingestão de carboidratos, proteínas e gorduras, deve estar em harmonia.
A Lei da Adequação mostra que a alimentação deve se adequada às necessidades de cada organismo, respeitando as características de cada indivíduo. É necessário considerar os ciclos da vida: infância, adolescência, adulto e idoso; o estado fisiológico: gestação, lactação; o estado de saúde: presença ou ausência de doenças; os hábitos alimentares: deficiência de nutrientes; as condições socioeconômicas e culturais: acesso aos alimentos. Em cada uma destas fases, é importante que seja feita uma adequação dos alimentos.
O nutricionista é o profissional apto a aplicar estas leis para cada indivíduo, respeitando a sua realidade. A alimentação repercute diretamente na sua saúde e qualidade de vida, por isso ela deve ser quantitativamente suficiente, qualitativamente completa, harmoniosa em sua composição e adequada à sua finalidade e a quem se destina.
Reganho de Peso após a Cirurgia
O que devo fazer?
Primeiramente não tenha vergonha em procurar ajuda. Muitos pacientes hesitam em procurar ajuda por conta da vergonha.
Voltar às recomendações da equipe multisciplinar, bem como o acompanhamento de consultas periódicas com o cirurgião gástrico, nutricionista, Psicólogos em alguns casos psiquiatras
Voltar a praticar atividade física
Evitar alimentos calóricos como: Pizzas, sorvetes, cachorro quente, pasteis, refrigerantes etc.
Evitar “beslicar” nos intervalos entre as refeições
Ingerir no mínimo 2 litros de água ( a água acelera o metabolismo, eliminas as toxinas e gorduras )
Evitar carboidratos complexos como: Pães, bolos, macarrão, arroz, biscoitos etc
Preferir os carboidratos simples bem como: Frutas e vegetais
Evitar o consumo de alimentos ricos em açucares como: chocolates, balas, chicletes etc.
Não consumir bebidas alcoólicas
O sucesso da cirurgia depende unicamente de você.
A disciplina é fundamental. E o acompanhamento deve ter inicio desde o pré-operatório
pós e pela vida toda.
* Cláudia Olive Cavalcanti é nutricionista, especializada em Obesidade e Transtornos Alimentares – Acompanhamento Pré e Pós–bariátricos e Avaliação Nutricional (laudo) para Gastroplastia; é membro especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), da International Federation for the Surgery Ofobesity and Metabolic Disorders (IFSO) e da Associação Brasileira de Estudos sobre Obesidade (Abeso).