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Geraldo Alckmin enfrenta resistências à sua candidatura, tida como pouco competitiva. Este e outros assuntos na coluna de hoje

Candidatura de Alckmin sobe no telhado

Patinando em no máximo 8% de intensões de votos, segundo as mais recentes pesquisas, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, corre o risco de não encontrar respaldo nem dentro no PSDB, do qual é presidente nacional. Na verdade, Alckmin não está sendo visto por ninguém, nem mesmo seus pares, como um nome com potencial eleitoral para rivalizar com o ex-presidente Lula e o deputado federal Jair Bolsonaro. Para ser de fato candidato, ele terá que ter no mínimo de 10% a 15% de intenções de voto até início de abril, prazo para desincompatibilização. Pelo menos é o que projetam os tucanos.

Governador não é visto como bom tertius

Além da fraqueza nas pesquisas, Geraldo Alckmin computa contra sua candidatura o fato de não ser, nem de longe, uma unanimidade dentro do PSDB. Alguns tucanos mais emplumados não veem com bons olhos seu nome na disputa pelo Palácio do Planalto. Justamente porque ele não tem demonstrado musculatura para ser um tertius. O seu mais mordaz crítico, que atende pelo nome de Arthur Virgílio Neto e é prefeito de Manaus (AM), afirma com todas as letras que Alckmin “não é o nome certo para concorrer ao Planalto” e defende que o PSDB tem que escolher ou apoiar um “nome forte para contrapor Lula e Bolsonaro na campanha”.

Prefeito defende prévias

Arthur Virgílio Neto foi um dos que contrapuseram Geraldo Alckmin na convenção nacional do PSDB em 8 de dezembro último, quando o governador paulista foi eleito presidente nacional da sigla. Virgílio contesta não apenas a falta de densidade eleitoral de Alckmin como sua capacidade combativa. Por esta razão, tem pedido que a sigla cumpra seus estatutos e realize prévias para escolher o candidato, que, segundo ele, abrace as pautas mais de centro-esquerda. Para ele, Alckmin é muito conservador e não passaria de um Bolsonaro melhor vestido. Em tempo: Virgílio Neto acredita que ele próprio possa ser o nome. A conferir.

Uma pedra no caminho de Alckmin

Não bastasse tudo isto, no meio do caminho surge uma pedra para Geraldo Alckmin. Pedra, não. Uma rocha enorme que atende pelo nome de Luciano Huck. Isto mesmo. O apresentador da TV Globo está na disputa pra valer. E com aval e apoio da sua empregadora. Ontem (7), Huck e sua esposa Angélica ocuparam mais de meia hora do programa Domingão do Fausto, no quadro “Divã”, que se transformou em palanque para a candidatura do comandante do Caldeirão. Ou seja: a Rede Globo já tem candidato e ele não é Geraldo Alckmin. Mais que isto: a Globo não vê viabilidade eleitoral no governador paulista e acredita que o tertius deva ser seu funcionário. Ponto. Vamos ver para crer?

‘Vai que é tua, Luciano!’

Um dos bordões mais conhecidos da TV brasileira serve para ilustrar o quão foi emblemática a participação de Luciano Huck no Faustão de ontem. De divã, como disse acima, o quadro não teve nada. Foi palanque mesmo. Fauso Silva levantou todas para o Huck cortar ou chutar. O quadro normalmente trata de assuntos familiares, mas o que se falou ali foi muito mais de política. Coisas de família apenas emolduraram a participação do casal. A Globo já está em campanha por seu candidato e aposta na desmoralização dos políticos e da política tradicionais.

Temer fará reforma ministerial na marra

O leitor deve se lembrar (e tratamos do assuno aqui) que em meados do segundo semestre do ano passado o presidente Michel Temer anunciou uma reforma ministerial. Um dos motivos era a debandada anunciada do PSDB. Esperava-se a substituição dos cinco ministros tucanos e uma e outra mexida aqui e ali. O que de fato começou a acontecer. Ocorrer que agora, com a proximidade do período eleitoral, nada menos que 17 dos 21 ministros de Temer estão de saída para disputar as eleições. Nunca se viu isto na história deste país.

Trabalho e Indústria abriram as portas

A debandada começou com a saída dos ministros do Trabalho, Ronaldo Nogueira, e da Industria, Marcos Pereira, que vão disputar a reeleição para a Câmara dos Deputados. Também de olho em seus mandatos de deputado federal, estão Mendonça Filho, da Educação; Osmar Terra, do Desenvolvimento Social e Agrário; Raul Jungmann, da Defesa, e Ricardo Barros. De olho no Senado estão Maurício Quintella, dos Transportes; Leonardo Picciani, do Esporte; Marx Beltrão, do Turismo; e Sarney Filho, do Meio Ambiente. Os que vão disputtar os governos de seus estaados são: Helder Barbalho (PA), da Integração Nacional; e Fernando Coelho Filho (PE), Minas e Energia. Gilberto Kassab, das Comunicações, quer ser vice de quem de seus aliados que disputar o governo de São Paulo. Henrique Meirelles, da Fazenda, deve sair para disputar a Presidência da República.

Maggi é cotado para vice

O ministro Blairo Maggi, da Agricultura, também pode pedir o boné no próximos meses. Ele é um dos coado para ser candidato a vice-presidente da República, um nome sempre lembrado. Mas a possibilidade de disputar o governo de Mato Grosso não está descartada. Muito embora, conforme as bolsas de apostas, sua pretensçao seja mesmo a reeleição para o Senado. A conferir.

Pena de morte ganha mais adesões

Crescem as adesões dos brasileiros à implantação da pena de morte no país. Pelo menos é o que aponta o resultado da pesquisa do Instituto DataFolha. O levantamento aponta que 57% dos brasileiros apoiam a pena de morte. A última pesquisa sobre o tema, de 2008, tinha chegado em 47% dos entrevistados. Esse é o recorde numérico desde que a questão passou a ser aplicada pelo DataFolha, em 1991.

Bolsonaro provoca rompimento entre pai e filho

A ida do deputado Jair Bolsonaro para o PSL, confirmada na sexta-feira (5) pelo deputado Luciano Bivar, presidente e fundador do partido, provocou um racha na legenda e a briga entre pai e filho. Sérgio Bivar, filho de Luciano, não gosto da negociação do pai com Bolsonaro e rompeu com o parido. Ele é líder do grupo Livres, de tendência libertária, que controlava 12 diretórios estaduais e pretendia tomar conta da máquina partidária em nível nacional. Mas agora anunciou o seu desligamento da legenda. Pelos visto, vai fedê tchifre!

Frase do Dia

“Minha missão este ano é tentar motivar as pessoas a que votem com muita consciência e que a gente traga os amigos que estão a fim para ocupar a política, senão não vai ter solução. Eu jamais vou ser o salvador da pátria. Mas eu vou participar, eu vou botar a mão na massa, eu quero ajudar, eu acredito muito no Brasil e contem comigo para tentar melhorar essa bagunça geral aqui.”

Luciano Huck, já falando como candidato.

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