Últimas Postagens

Bolsonaro estuda reestruturar ministérios do Planalto, confirma porta-voz

O porta-voz da Presidência, general Otávio Rêgo Barros, confirmou nesta terça-feira (23) que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) estuda modificar as atribuições de três dos quatro ministérios que ficam no Palácio do Planalto.

Conforme antecipou a Folha de S.Paulo na segunda (22), em uma tentativa de melhorar a articulação política, considerada o principal ponto fraco de seu mandato, Bolsonaro pode alterar as funções das seguintes pastas: Casa Civil, Secretaria de Governo e Secretaria-Geral.

“Encontra-se em fase de estudos um eventual ajuste nas secretarias do Palácio do Planalto. Não há nada definido”, afirmou Rêgo Barros.

Segundo ele, as mudanças têm o objetivo de “tornar a máquina pública com maior eficácia”.

Desde a semana passada, o presidente avalia redistribuir secretarias e mudar atribuições relativas às três pastas que despacham na sede administrativa da Presidência da República.

Para auxiliares presidenciais, o desenho feito durante o governo de transição não foi o mais adequado e não tem sido funcional, deixando algumas das pastas sobrecarregadas e outras, ociosas.

A ideia principal de uma mudança seria retirar atribuições da Casa Civil para que ela priorize a articulação política com o Legislativo. Além da interlocução parlamentar, cabe ao ministro Onyx Lorenzoni a tarefa de coordenar as iniciativas do governo como um todo.

Nesse sentido, está em estudo, por exemplo, o deslocamento da imprensa nacional para a Secretaria-Geral, comandada pelo general Floriano Peixoto. É considerada também a fusão de subchefias da Casa Civil, como a de ação governamental e de articulação e monitoramento, que passariam para os cuidados de Peixoto.

O Palácio do Planalto considera também retirar algumas das tarefas atribuídas à Secretaria de Governo, chefiada pelo general Carlos Alberto dos Santos Cruz. Pelo modelo atual, o ministro se divide em atividades completamente diversas como a interlocução com movimentos sociais, chefia da Secom (Secretaria de Comunicação Social) e articulação com governadores e prefeitos.

Bolsonaro foi aconselhado, então, a concentrar nas mãos de Onyx o trabalho de articulação com Congresso e de coordenação do governo. Santos Cruz permaneceria com a Secom e o diálogo com os entes federados, mas passaria o diálogo com os movimentos sociais para Floriano Peixoto.

Chegou-se a discutir a possibilidade de retirar a Secom da Secretaria de Governo e repassá-la à Secretaria-Geral, mas a ideia foi abandonada. A avaliação é de que não seria adequado fazer uma mudança em meio à reestruturação da EBC (Empresa Brasileira de Comunicação).

Caso as alterações se confirmem, a Secretaria-Geral, que foi enfraquecida na atual gestão, seria turbinada, voltando a ter papel de destaque como na gestão do ex-presidente Michel Temer. Antes da posse de Bolsonaro, cogitou-se a sua extinção.

O presidente manteve a pasta para acomodar o então braço direito, Gustavo Bebianno, que foi seu advogado e comando o PSL durante a campanha. Divergências entre Bebianno e um dos filhos de Bolsonaro, o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), levaram a um esvaziamento da pasta.

As mudanças ocorrem num momento em que o governo tenta firmar as relações com o Congresso e demonstrar que a gestão Bolsonaro tem rumo. Para isso, o presidente foi aconselhado não só a intensificar o diálogo com o Legislativo como deixar claro que há uma coordenação em sua gestão, com projetos prioritários que vão além da reforma da Presidência.

Da Redação com informações do Jornal do Brasil

Latest Posts

Não perca