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Três meses após rompimento, Câmara instala CPI para investigar tragédia em Brumadinho

Passados três meses desde a tragédia em Brumadinho (MG), a Câmara dos Deputados instalou nesta quinta-feira (25) uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as causas do rompimento de uma barragem na cidade.

Após a instalação da CPI, o deputado Júlio Delgado (PSB-MG) foi eleito presidente da comissão; Rogério Correia (PT-MG) será o relator.

Em 25 de janeiro, uma barragem da mineradora Vale rompeu na cidade, levando uma enxurrada de lama à região. Segundo as autoridades locais, 233 pessoas morreram, e outras 37 ainda estão desaparecidas.

Conforme o ato de criação da CPI, lido pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), a CPI será composta por 43 deputados titulares e 43 suplentes. A previsão que os trabalhos da comissão durem 120 dias.

‘Maior rigidez’

Segundo Rogério Correia, o relatório da CPI pedirá, entre outros pontos, “maior rigidez” na fiscalização de atividades de mineradoras e mais rigor nas punições aos “crimes socioambientais”.

“Estamos diante de um crime que ocorreu em Mariana e em Brumadinho, e o presidente da Vale se porta como um artista, como se não pudesse ser responsabilizado pelas mortes de tantas pessoas”, disse.

Presidente da Vale quando a barragem rompeu em Brumadinho, Fábio Schvartsman se afastou do cargo após recomendação da Polícia Federal e do Ministério Público.

A barragem que rompeu em Mariana (MG) pertencia à Samarco, um consórcio da Vale com a BHP, e a empresa era presidida por Ricardo Vescovi, que também deixou o comando da companhia.

Local onde houve o rompimento de uma barragem em Brumadinho (MG), em janeiro — Foto: Ibama/Divulgação

Local onde houve o rompimento de uma barragem em Brumadinho (MG), em janeiro — Foto: Ibama/Divulgação

CPI mista

No Senado, a CPI destinada também a apurar o rompimento da barragem em brumadinho foi instalada há mais de um mês.

O presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP), afirmou que havia a possibilidade da criação de uma CPI mista, formada por deputados e senadores.

No entanto, segundo Alcolumbre, deputados e senadores “não se entenderam em relação à formação conjunta”. “Foi discordância. O Senado e a Câmara entenderam que cada um tem que fazer a sua CPI”, declarou.

Da Redação com informações do G1

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