Nos corredores do Ministério Público Federal, falava-se que a equipe baseada em Curitiba poderia ser mantida por, pelo menos, seis meses, com a redução no número de integrantes. Os 14 procuradores que foram destacados para atuar na operação foram mantidos. Dois deles são procuradores regionais, e precisam de aval do Conselho Superior do MPF para permanecer no posto atual. A tendência é de que o conselho permita, pois, no colegiado, o grupo pró-Lava-Jato é maioria. Ao mesmo tempo, em uma decisão administrativa, Aras determinou que o Conselho Nacional do Ministério Público prepare uma unificação das ações de combate à corrupção em todo o país. O temor do grupo de Curitiba é que seja levada adiante a criação da Unidade Nacional de Combate à Corrupção, que concentraria nas mãos da PGR as políticas criminais voltadas para delitos de colarinho-branco, como recebimento de propina e lavagem de dinheiro.
Essa medida pode esvaziar a Lava-Jato nos estados. Além de Curitiba, a força-tarefa em São Paulo e do Rio também estão comprometidas, após um pedido de providências apresentado pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no CNMP, contra os integrantes destes grupos. A primeira ação, que corre sob sigilo e ainda não levada a plenário, apura a conduta de procuradores da República que atuam nos três estados citados. A segunda, aberta para avaliar possível violação dos critérios de distribuição de expedientes no Ministério Público Federal de São Paulo, pode ser pautada a qualquer momento.
Com informações do CB