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Generais temem que decisão de Edson Fachin beneficie extremistas

ZIPER NA BOCA

Alexandre Manfrim

Mesmo descontentes com a anulação das condenações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva perlo STF, generais da reserva avaliam que o novo entendimento pode beneficiar “extremistas” das duas vertentes, tanto de esquerda quanto de direita, mas ponderaram que, no momento, não cabem mais manifestações públicas sobre o caso por parte de comandantes da ativa, como ocorreu em abril de 2018. Na época, antes do julgamento de um habeas corpus de Lula pelo Supremo, o então comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, publicou mensagem no Twitter que jogou pressão sobre ministros da Corte. No entanto, o presidente do Clube Militar, general Eduardo José Barbosa, divulgou nota em que critica a decisão do ministro Edson Fachin de anular as condenações do ex-presidente Lula.

ERA DAS REDES

As redes sociais estão tomando o lugar dos veículos de comunicação oficial. Um post no Twitter ou Instagram, por exemplo, passa feito um furacão provocando estragos ou, quem sabe, contribuindo com índices de popularidade. E não estou falando apenas do alto escalão do Executivo e Legislativo. Até ministros do STF estão usando dessas ferramentas para exprimirem opiniões, críticas e até anteciparem comunicados. Não é à toa que o número de seguidores das principais autoridades do país segue em disparada.  Muitos querem se informar. A maioria quer mesmo é ver o circo pegar fogo.

PAU-DE-ARARA

Ueslei Nascimento

Por falar em redes sociais, foi por meio do Twitter que o presidente Jair Bolsonaro se pronunciou nesta quarta-feira sobre os últimos eventos políticos. Na mira, o ex-presidente Lula, é claro. Na segunda-feira o ministro Edson Fachin, do STF, anulou as condenações de Lula na Lava-Jato. Por isso, Lula voltou a ser elegível e alvo de críticas. O que é bem natural. Para cutuca-lo com vara curta, Bolsonaro publicou um vídeo antigo em que menciona casos de corrupção nos governos do PT. Nas imagens, Bolsonaro diz que se houvesse algum caso no seu governo, ele colocaria o eventual ministro “no pau-de-arara”.

NA PONTA DA LÍNGUA

Ricardo Stuckert

Em respostas, Luiz Inácio Lula da Silva disse que “este país não tem governo”. A afirmação foi feita pelo ex-presidente em seu pronunciamento à imprensa na quarta-feira. Sobrou até para o tema pandemia. Lula disse que irá se vacinar, e fará propaganda para a imunização. Não perdeu a chance e também alfinetou Bolsonaro. “Não siga nenhuma ordem imbecil do presidente da República”, disse ele ao dizer que Bolsonaro tem posicionamento negacionista. A briga promete novos capítulos.

JOGO VIROU

Roberto Jayme

De investigadores, membros da Operação Lava Jato passaram a investigados. Quem imaginaria isso? Para tentar desmantelar, o Ministério Público Federal (MPF) deu o primeiro passo na ofensiva jurídica prometida no final de fevereiro pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, contra o inquérito aberto no Superior Tribunal de Justiça (STJ) para investigar procuradores que integravam a força-tarefa. O MPF pegou carona em um habeas corpus apresentado mês passado pelo ex-procurador da força-tarefa de Curitiba, Diogo Castor, além de alegar que a investigação viola o sistema acusatório e as prerrogativas dos membros do Ministério Público Federal.

DE CARONA

Marcelo Camargo

O ex-presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) pegou carona na volta do Lula ao cenário político. Sem visibilidade na mídia, Maia também se valeu das redes sociais para dizer que Lula é muito melhor do que Bolsonaro. Ficou meio parecido a briga de compadres, mas até que rendeu uma mídia. Mesmo sendo adversário histórico de Lula, Maia ressaltou a capacidade do petista de dar uma boa largada para as eleições de 2022. “Um tem visão de país; o outro só enxerga o próprio umbigo”, alfinetou Maia.

RELAÇÃO DIFÍCIL

Lógico que ninguém vai esperar elogios de Rodrigo Maia a Jair Bolsonaro. Nos últimos dois anos, um como presidente da Câmara, outro, como presidente da República, travaram embates pesados. Por conta da postura de Maia, de barrar várias iniciativas do presidente por meio de projetos enviados ao Congresso, Bolsonaro o elegeu como inimigo. E jogou todo o peso do governo para derrotar o candidato de Maia à presidência da Câmara, o deputado Baleia Rossi (MDB). Como todos sabem, o vitorioso foi Arthur Lira (PP), com a chancela do Planalto.

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