O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse ontem (18/3) que não se ofende por ser chamado de “Capitão Cloroquina” nas redes sociais e aproveitou para perguntar se os críticos estão felizes com a volta do “Capitão Corrupção” ao cenário político, numa referência ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Em meio a uma defesa de remédios sem eficácia comprovada contra a Covid-19, que chamou “tratamento inicial”, o presidente disse que quem não quiser adotar a opção não deve criticar os que, com receita médica, quiserem.
“Não vamos simplesmente remar contra, falar mal”, pediu Bolsonaro durante transmissão nas redes sociais. “Capitão Cloroquina? Tá pensando que tá me ofendendo?”, disse o presidente, em tom irritado.
“Vocês vão ter o Capitão Corrupção, pelo que tudo indica, concorrendo em 2022. Aquele velho barbudo, vocês sabem de quem eu tô falando. Vocês estão felizes com esse cara?”, continuou o presidente da República.
“Não tenho obsessão por ser presidente, por candidatura. Fiquei 28 anos dentro da Câmara, 2 anos como vereador, e nunca tive problema nenhum”, continuou ele.
Lula
Lula recobrou, por enquanto, seus direitos políticos com decisão do ministro Edson Fachin, do STF, que anulou os processos em que ele foi condenado pela Justiça Federal em Curitiba. O voto de Fachin ainda será analisado pelo plenário do Supremo.
Na última terça (16/3), a opinião de Bolsonaro sobre o julgamento foi diferente.
O presidente ainda não acreditava que enfrentará na campanha pela reeleição, em 2022, o ex-presidente Lula. Em conversa com apoiadores na entrada do Palácio da Alvorada, o atual ocupante da residência oficial da Presidência da República apostou que o petista não terá condições jurídicas de se candidatar.
“Ele não vai ficar elegível, não”, disse Bolsonaro a apoiador que havia dito estar ansioso pelo debate com Lula na campanha. “Acho que não”, completou Bolsonaro, que já se afastava quando o apoiador disse “se Deus quiser”.
Veja a íntegra da live de Bolsonaro nesta quinta-feira:
Da redação com o METRÓPOLES
