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Senadores pedem que Ernesto Araújo “entregue o cargo” de chanceler

Em sessão remota do Senado Federal, senadores pressionaram o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e cobraram sua saída imediata do cargo. Na avaliação dos parlamentares, o chanceler se mostrou incapacitado para lidar com as questões diplomáticas do país, principalmente no combate à pandemia do novo coronavírus.

Araújo se encontrou virtualmente com os parlamentares na tarde de ontem (24/3). Senadores dos mais diferentes partidos e orientações ideológicas disseram ao chanceler que entregasse o cargo.

O senador Jorge Kajuru (Cidadania-GO) foi duro nas palavras ao afirmar que “o cargo de Ernesto Araújo é maior que ele”.

“Com todo o respeito, eu, no seu lugar, se eu tivesse ouvido – porque seriam as mesmas perguntas as minhas; todas elas eu repetiria para o senhor –, mas no seu lugar, se eu tivesse ouvido as perguntas do [Fábio] Contarato e da Kátia [Abreu] pediria demissão hoje; demissão hoje. Aliás, há quem fale, no governo, que o senhor poderá ser a próxima vítima do presidente Jair Bolsonaro”, afirmou Kajuru.

A senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP) acompanhou Kajuru. “A gente precisa de um chanceler que encare a diplomacia como política de Estado e não política de governo ou de governo familiar. Pede para sair, ministro. Chega”.

“Peça efetivamente para sair, peça exoneração por 30 dias. Vossa excelência é unanimidade de rejeição e de incompetência”, pediu a senadora Simone Tebet (MDB-MT).

A senadora Daniela Ribeiro (PP-PB) criticou a ida do chanceler até Israel em busca do spray nasal supostamente capaz de inibir a contaminação pelo vírus. “Enquanto o Brasil precisa de vacinas, o ministro vai a Israel em busca de um spray que não é testado, nem comprovado”.

Houve até senador pedindo para deixar a sessão antes do término por discordância com Ernesto. “Não há o que replicar. Não é possível continuar ouvindo esse cidadão”, criticou Humberto Costa (PT-PE).

Aos parlamentares, Ernesto Araújo negou que deixaria o cargo e afirmou “fazer todo o possível para ajudar o país na pandemia. “Estou dando toda a minha vida por isso, porque é nisso que eu acredito. Contarei aos meus netos que participei de um projeto bem sucedido, que livrou o Brasil da corrupção, do atraso e da falta de condições. Tenho amor profundo pelo povo brasileiro”, disse.

Da redação com o METRÓPOLES

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