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No Planalto, assessores de Bolsonaro admitem que ele pode perder a eleição em 2022

Em conversas sobre o futuro político do governo, alguns assessores do presidente Jair Bolsonaro dizem, de forma bem restrita, que ele pode perder as eleições de 2022 mantido o atual cenário de desgaste do governo, que deve se agravar com a CPI da Covid.

Os assessores ressaltam que ainda é cedo para se prever o que sairá das urnas em outubro do ano que vem. Contundo, reconhecem que Bolsonaro destruiu muito capital político. “Está claro que muita gente que votou no presidente em 2018 não votará nele de novo, mesmo que os adversários sejam Lula e o PT”, diz um dos assessores.

Para esses auxiliares, a única coisa que pode ajudar Bolsonaro a chegar forte nas eleições de 2022 é a economia, porém, não há perspectivas de recuperação da atividade tão cedo. “A economia ainda vai piorar muito. A inflação passará dos 8%, para depois diminuir, os juros vão subir e vamos ver queda no PIB (Produto Interno Bruto). Tudo isso arranha a imagem de qualquer governo”, acrescenta outro assessor.

Os mesmos assessores de Bolsonaro contam que o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, tem feito relatos constantes ao chefe sobre os rumos da economia. Houve muitos questionamentos de Bolsonaro a Campos Neto sobre a real necessidade de o BC subir juros em meio a uma economia fragilizada pela pandemia do novo coronavírus.

Bolsonaro conta com o antipetismo

Outro ponto que joga contra o presidente da República é o atraso na vacinação, que afeta a economia e mantém o número de mortes pela covid-19 nas alturas. Não à toa, Bolsonaro e os filhos vêm reforçando o discurso contra o lockdown. Ele precisam manter acesa a chama de que a culpa pela derrocada da economia é de prefeitos e governadores.

Segundo os integrantes do Planalto, independentemente do quadro político adverso, Bolsonaro mostra confiança de que tem vaga garantida no segundo turno das eleições presidenciais de 2022. O presidente está certo de que, na hora de decidirem os votos nas urnas, o antipetismo ainda falará alto a seu favor.

Da redação com o Correio Braziliense 

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