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Bolsonaro corta R$ 200 milhões da Versamune, vacina da USP de Ribeirão Preto

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) bloqueou o valor de R$ 200 milhões que seriam usados no desenvolvimento da Versamune , vacina contra Covid-19  anunciada pelo ministro Marcos Pontes (Ciência, Tecnologia e Inovação) como “100% brasileira”. O corte nos recursos vem um dia após o presidente  convidar o chefe da pasta para sua live semanal nas redes sociais para falar sobre o imunizante.

Em março, o Palácio do Planalto fez questão de divulgar que a vacina brasileira apoiada pelo governo federal, desenvolvida por cientistas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP), estava avançando.

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O anúncio foi feito às pressas horas depois de o governo de São Paulo, do governador João Doria (PSDB), informar que pediria aval para iniciar testes clínicos da Butanvac , desenvolvida pelo  Instituto Butantan . Na ocasião, o instituto disse que a vacina tinha sido desenvolvida no Brasil, mas na verdade se trata de uma tecnologia “emprestada” pelo Hospital Mount Sinai, que fica nos Estados Unidos.

“Marcão, vamos lá. Como é que ‘tá’ a nossa vacina brasileira? Essa é 100% brasileira, não é aquela ‘mandrake’ de São Paulo, não né”, perguntou Bolsonaro a Pontes nesta quinta-feira (23), durante transmissão na internet. O presidente se referia de forma pejorativa à Butanvac.

Ao responder, o ministro demonstrou preocupação com a manutenção dos recursos no Orçamento. Até então, estavam reservados R$ 207,2 milhões para o projeto dos quais R$ 200 milhões haviam sido injetados por meio de emenda do relator, senador Marcio Bittar (MDB-AC).

“O nosso desafio aqui é justamente o Orçamento. Esse custo é um investimento muito bom para o País. São R$ 30 milhões para essa fase 1 e 2, um ensaio clínico com 360 pacientes, e depois são mais R$ 310 milhões com a fase 3, com 25 mil pacientes. Tenho a esperança agora que isso entre no Orçamento”, disse Pontes.

Logo após esse apelo do chefe da pasta, Bolsonaro falou brevemente sobre o Orçamento e, sem antecipar que o investimento na vacina seria vetado, avisou que “todo mundo” iria pagar a conta.

“A peça orçamentária para os 23 ministérios é bastante pequena e é reduzida ano após ano. Tivemos um problema no Orçamento no corrente ano, então tem um corte previsto bastante grande no meu entender, pelo tamanho do orçamento, para todos os ministérios. Todo mundo vai pagar um pouco a conta disso aí”, disse.

Da redação com o Portal IG

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