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Pazuello continua na mira da CPI da Covid, mas o general acena com “bico calado”

“CAÇA AOS BRUXOS”

A CPI da Covid no Senado, pelo que parece, virou uma caça aos bruxos. Os bruxos, no caso, são integrantes do governo e, ao que tudo indica, o próprio presidente da República Jair Bolsonaro. Os trabalhos entram na terceira semana e os alvos são o ex-ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo (terça-feira) e o ex-ministro da Saúde, o general Eduardo Pazuello (quarta-feira). O passo seguinte será ouvir cientistas e pesquisadores que trarão embasamento científico para a série de acusações levantadas nas audiências até aqui. Ou seja, o circo está armado. É torcer para que a CPI não se transforme em instrumento político para atrapalhar as eleições de 2022, como teme Bolsonaro.

SALDO POSITIVO

Por outro lado, há pontos positivos para a CPI da Covid. Além de esclarecimentos à sociedade, por conta da pressão junto ao Ministério da Saúde, por exemplo, o site da pasta não faz mais propaganda de cloroquina; e o atual ministro da Saúde, o médico Marcelo Queiroga, tem divulgado o uso de máscara e da vacinação da população. O ponto negativo continua sendo a vacinação em ritmo lento por conta da falta de insumos. Mas o presidente Bolsonaro reagiu positivamente e entrou pessoalmente na articulação por mais insumos para fabricação de vacinas.

LAVA-JATO

O ex-ministro da Justiça Sergio Moro prestou depoimento à 10ª Vara Federal, no âmbito da Operação Spoofing. A oitiva ocorreu no caso do processo relacionado à invasão dos celulares de autoridades por hackers. Moro foi um dos alvos das investidas e teve conversas com procuradores da Lava-Jato sequestradas. Ele prestou depoimento por videoconferência, em razão da necessidade de distanciamento social em meio à pandemia de covid-19. Além de Moro, também prestou depoimento a ex-deputada Manuela D’Ávila. Ela chegou a ser procurada pelos hackers, por ser jornalista, e eventualmente ter interesse no material.

TIRO NO PÉ?

Ao classificar de “idiotas” as pessoas que ficam em casa para se proteger da covid-19, na manhã desta segunda-feira, o presidente Jair Bolsonaro pode ter dado um tiro no pé. É o que se comenta nos bastidores do próprio Palácio do Planalto. Ocorre que todo o país está sob regras de isolamento social e só agora começa a se falar em relaxamento. Ou seja, a declaração soou como metralhadora giratória atingindo a grande maioria dos brasileiros. Se vai gerar repercussão negativa só o tempo dirá, já que o país está acostumado às frases de efeitos do presidente.

RENAN É TÓXICO

O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) voltou a tecer críticas contra Renan Calheiros (MDB-AL), relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid. Em vídeo publicado no Twitter, Flávio avaliou que Renan está sendo “altamente tóxico” aos trabalhos do colegiado. “Ele (Renan) já está pensando muito mais em 2022 do que realmente em salvar vidas aqui no Brasil”, pontuou. Na quarta-feira passada, a sessão de depoimento do ex-secretário de Comunicação Fabio Wajngarten precisou ser suspensa após uma troca de ofensas entre Renan e Flávio, que afirmou que o relator está utilizando a CPI como um “palanque”. Flávio ainda chamou o relator de “vagabundo” ao comentar sobre o pedido de prisão em flagrante de Wajngarten, ofensa repetida pelo presidente na quinta-feira (13), durante viagem a Alagoas.

VIAGEM PRESIDENCIAL

Observando as regras do isolamento social, o presidente Jair Bolsonaro irá ao Equador na semana que vem para participar da cerimônia de posse do presidente eleito do país, Guilherme Lasso. A cerimônia está prevista para acontecer na segunda-feira (24), na capital equatoriana, Quito. Antes de decidir pela viagem, Bolsonaro enviou mensagem a Lasso parabenizando-o pela vitória nas urnas. “Estou certo de que estreitaremos ainda mais os laços que unem nossas nações e trabalharemos pela liberdade em nossa região. Felicidades ao povo equatoriano e sucesso ao presidente eleito”, escreveu Bolsonaro nas redes sociais.

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