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Mesmo pressionado, Bolsonaro não desiste de flexibilizar uso de máscara no país

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TEIMOSIA

O presidente da República, Jair Bolsonaro, é mesmo um teimoso. Se contestá-lo, então, ele persiste. É uma característica dele. Prova disso, é a imprensa foi pra cima dele no caso da flexibilização do uso de máscara e o presidente não arredou. Ele disse nessa sexta-feira (11) que o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, deverá assinar o parecer para “desobrigar uso de máscara por vacinados”. Para alterar a medida, o país deve considerar as variáveis, cobertura de saúde e incidência local. Nesse quesito, o presidente poderá ter certa dificuldade para ir a diante com a sua pretensão. Sem contar parcela da população que também não concorda com a liberação e será um problemão nas redes sociais. A polêmica vai durar mais uma semana, certamente.

SALTOU FORA

O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) tirou o corpo fora ao comentar sobre a intenção do presidente Jair Bolsonaro de flexibilizar o uso de máscaras para vacinados ou pessoas já contaminadas pela covid-19. O general ressaltou que a questão é de “foro íntimo de cada um”. “Acho que é uma questão de foro íntimo de cada um. Conheço gente que já teve (a doença) duas vezes. Cada um sabe onde lhe apertam os calos”, disse a jornalistas na chegada ao Palácio do Planalto.

SALTOU DENTRO

Quem não fugiu á polêmica foi o governador de São Paulo, João Dória (PSDB). Ele classificou a ideia do presidente Bolsonaro de desobrigar pessoas vacinadas ou que já tenham sido contaminadas por covid-19 a usarem máscaras, como “mais um ato de irresponsabilidade”. Segundo o governador, Bolsonaro reafirma sua condição de negacionista e irresponsável. “Jair Bolsonaro não tem compaixão e não tem nenhum apreço pela vida, principalmente pela vida do povo brasileiro”, afirmou. A posição de Doria foi reforçada pelos membros do governo, como o Secretário da Saúde Jean Gorinchteyn, que destacou a necessidade do uso de equipamentos de proteção mesmo para pessoas vacinadas ou que já tenham sido infectadas pela doença.

SOB AMEAÇA

Como o uso do equipamento de proteção é obrigatório no Estado de São Paulo, para evitar a propagação do novo coronavírus, transmitido pelo ar, a ameaça de multa ao presidente Jair Bolsonaro caso não use máscara em São Paulo continua de pé. Em resposta, Bolsonaro chamou o tucano João Dória de “doninho de São Paulo”. A declaração ocorreu na saída do Palácio da Alvorada. Nesse sábado, Bolsonaro convocou um passeio de moto pelo centro de São Paulo e prometeu reunir cerca de mil motociclistas. Os fiscais da prefeitura e do Estado vão estar lá para autuá-lo, mas é possível que a multidão crie um cordão de isolamento. O clima poderá ficar tenso e o recomendável nesse é momento é baixar a guarda, de ambos os lados.

CEDEU A VEZ

O presidente Bolsonaro disse que cederá a vez na vacinação contra a Covid-19 “para quem está apavorado”. Ele já afirmou diversas vezes, no entanto, que não iria se imunizar contra o novo coronavírus. Recentemente, mudou o discurso. De acordo com o calendário de vacinação, por ter 66 anos, ele já poderia estar imunizado. “Eu, como chefe de Estado, vou dar meu lugar a vocês, vou ser o último a ser vacinado. Eu tenho que dar exemplo. Alguns acham que o exemplo é se vacinar. Não. Exemplo é dar lugar para quem está apavorado. Tem gente apavorada aí dentro de casa esperando sair depois de ser vacinada”, alegou.

INOPORTUNO

Pesquisa realizada sob encomenda da corretora Necton Investimentos em parceria com a Vector Relações Governamentais aponta que, com todo barulho gerado pela CPI da Covid, há dificuldade para entender o estado da relação entre o governo e o Congresso Nacional, da qual depende a agenda de reformas. Na sétima edição do Barômetro, foram ouvidos 48 parlamentares, entre os dias 10 e 21 de maio, sobre os temas mais importantes para a economia no momento e, para a maioria, falta assertividade ao Planalto. A nota obtida pelo governo (5,18) o coloca em uma margem de cuidado, na qual o governo influencia, mas não controla, a agenda parlamentar.

AGENDA ECONÔMICA

Ainda sobre a pesquisa, em relação à agenda econômica e ao ambiente para a realização de reformas estruturais, o Congresso Nacional também se ressente da falta de uma maior assertividade do governo. Entre os ouvidos, 45,2% dizem concordar que, de forma geral, a agenda econômica do governo é correta, contra 49,1% que discorda totalmente. Para os parlamentares, uma proposta oficial impede que o sentimento pró reforma se materialize na aprovação de uma lei.

TRABALHO INFANTIL

Nesse 12 de junho, Dia Mundial contra o Trabalho Infantil, infelizmente ainda lidamos com uma realidade perversa para meninos e meninas de famílias em situação de pobreza no Brasil. Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PnadC), em 2019, havia 1,8 milhão de crianças e adolescentes de cinco a 17 anos em situação de trabalho infantil, o que representa 4,6% da população (38,3 milhões) nesta faixa etária. Nesse ano, a Campanha 12 de Junho integra as mobilizações do Ano Internacional para a Eliminação do Trabalho Infantil, instituído pela ONU, e conclama a sociedade para a urgência de medidas efetivas e imediatas de prevenção e combate ao trabalho infantil através do slogan ‘Precisamos agir agora para acabar com o trabalho infantil!

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