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Com menor investimento em 20 anos, Brasil despenca em ranking da ONU

O Brasil caiu da 6ª posição para a 11ª entre principais destinos de investimentos no mundo, segundo ranking da Organização das Nações Unidas (ONU) divulgado nesta segunda-feira (21/6). Os fluxos de recursos externos despencaram 62% em 2020, de US$ 65 bilhões para US$ 25 bilhões, e voltaram aos patamares que o Brasil registrava há 20 anos.

Na média mundial, a queda foi de 35% e atingiu um total de US$ 1 trilhão. Nos países ricos, a contração chegou a 58%. A redução de investimentos no Brasil também destoou da média dos emergentes, que viram uma retração de apenas 8%.

Empresas brasileiras ainda encolheram no exterior e projeção é de que recuperação dos fluxos ocorra apenas em 2023.

Com o resultado, o Brasil perdeu a liderança latino-americana no ranking, assumida agora pelo México. O ranking global tem na primeira colocação os Estados Unidos, seguido por China, Hong Kong, Cingapura e Índia.

A ONU assinala que o Brasil adotou medidas suaves de restrição de circulação, mas destaca que medidas como o auxílio emergencial evitaram uma retração ainda maior do Produto Interno Bruto (PIB) em 2020, que caiu 4,1% no ano passado.

“Vivenciando tanto a maior incidência de casos e mortes da Covid-19 na região quanto uma severa contração econômica, o Brasil adotou medidas suaves de contenção da mobilidade da população e implementou transferências fiscais destinadas à população vulnerável”, diz a ONU. O relatório afirma que há expectativa para que a economia brasileira tenha uma rápida recuperação para níveis pré-pandêmicos.

Resultado na América Latina

O investimento externo de empresas multinacionais latino-americanas ficou negativo em US$ 3,5 bilhões, devido a saídas negativas do Brasil e menores investimentos do México e da Colômbia.

Pelo peso do país na região, a crise brasileira influenciou no resultado do continente, que registrou uma contração de 45% no fluxo de investimentos, somando US$ 88 bilhões. O declínio foi o mais acentuado entre as regiões em desenvolvimento.

O diretor de investimentos e empresas da Conferência da ONU para o Comércio e o Desenvolvimento (Unctad), James Zhan, aponta pelo menos três motivos para a queda.

“A região sofreu a queda mais acentuada de IED nos países em desenvolvimento. As economias latino-americanas enfrentaram um colapso na demanda de exportação, queda nos preços das commodities e o desaparecimento do turismo, levando a uma das piores contrações na atividade econômica em todo o mundo”, afirma.

Da redação com o Metrópoles

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