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Bolsonaro usa vídeo de 2015 em que PSDB diz que urnas são inauditáveis

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) resgatou, na tarde deste domingo (11/7), fala do deputado federal Carlos Sampaio (PSDB-SP), de novembro de 2015, que aponta que o processo de auditoria das urnas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é inauditável.

Naquele ano, o PSDB concluiu, em relatório enviado ao TSE, não ter encontrado fraudes nas eleições de 2014, quando Dilma Rousseff (PT) foi reeleita presidente da República.

No entanto, a sigla assinalou que o sistema eleitoral não está projetado para permitir auditoria externa independente e efetiva dos resultados, mostrando-se vulnerável. Para o partido, os procedimentos de perícia previstos pela Justiça Eleitoral são “insuficientes para a garantia da transparência do processo de eleições”.

“Todos sabemos que o que há de mais importante na democracia é o respeito ao voto que externa a vontade da população. Esse respeito se dá quando podemos garantir aos eleitores que a sua vontade foi violada ou viciada”, diz Carlos Sampaio, ao lado do atual presidente do PSDB, Bruno Araújo, no vídeo publicado por Bolsonaro neste domingo.

À época, Sampaio era líder do PSDB na Câmara dos Deputados. Ele acrescenta, na fala, que jamais objetivou questionar o resultado das eleições de 2014 e que pretende estar ao lado do TSE para aprimorar o processo eleitoral.

“Essa auditoria nas urnas foi muito importante porque ficou muito claro para todos nós que de fato não é possível dizer se o sistema foi ou não fraudado”, afirmou, ao pontuar que o sistema eleitoral era “inauferível, inauditável”. “Tudo que você não pode auferir e auditar, sempre gera um processo de dúvidas na cabeça das pessoas”.

Carlos Sampaio e Bruno Araújo foram procurados na tarde deste domingo, pelo Metrópoles, para se manifestarem sobre o vídeo resgatado por Bolsonaro, mas ainda não responderam. O espaço segue aberto.

Na quinta-feira, (8/7), o PSDB utilizou as redes sociais para declarar que “considera as eleições de 2014 limpas e confia nas urnas eletrônicas”. O partido afirmou que Bolsonaro estaria alegando fraude sem evidência e apresentação de provas, uma vez que corre o risco de perder as próximas eleições. A sigla se posicionou em “defesa da democracia”.

O PSDB também afirmou que “o jogo de Bolsonaro é claro” e que ele “flerta com um extremo minoritário”.

A declaração da sigla aconteceu após Bolsonaro afirmar que Aécio Neves (PSDB), candidato à Presidência em 2014, havia ganhado de Dilma. Com a aproximação das eleições de 2022, o atual mandatário da República tem reiterado desconfianças sobre as urnas eleitorais do país. “Ou fazemos eleições limpas no Brasil ou não temos eleições”, declarou, na quinta-feira (8/7). Bolsonaro defende a adoção do voto impresso.

Pesquisas mostram que o ex-presidente Lula da Silva (PT) aparece à frente do atual chefe do Executuvo nas intenções de voto e pode ganhar já no primeiro turno em 2022.

Da redação com o Metrópoles

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