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Relatório da CPI da Covid pode sair antes do previsto, ameaça Renan Calheiros

Por 

APRESSADINHO

O relator da CPI da Covid, Renan Calheiros (MDB-AL), afirmou que pretende antecipar a entrega do relatório final da comissão. O parlamentar não fixou uma data, mas disse que isso deve ocorrer antes do prazo de 90 dias — o funcionamento do colegiado foi prorrogado por mais três meses em julho. De acordo com o regimento, o relatório da CPI da Covid pode ser entregue até a primeira semana de novembro. Para ser aprovado, o texto tem de receber os votos favoráveis da maioria da comissão. As conclusões do colegiado podem ser encaminhadas ao Ministério Público.

POLÊMICA À TOA

O comboio com 50 tanques da Marinha que desfilou pela Esplanada dos Ministérios nesta terça-feira (10) provocou muito burburinho e rendeu até memes nas redes sociais. O barulho foi maior que o evento, pelo visto. Nada demais. Na ocasião, o presidente Jair Bolsonaro recebeu um convite para que ele participe de um treinamento da Marinha que acontecerá no próximo dia 16, em Formosa (GO). A operação leva o nome da cidade goiana e é realizada desde 1988. Tradicionalmente, os veículos saem do Rio de Janeiro e passam por Brasília no caminho até Formosa. Contudo, esta foi a primeira vez que o desfile dos carros aconteceu na Esplanada, provocando a ira dos defensores da teoria de conspiração. Enfim, o comboio passou tranquilo e a vida continua.

O MAL DE LULA

REUTERS/Nacho Doce

O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) fez duras críticas ao ex-presidente Lula (PT) durante entrevista ao programa Conversa com Bial, na TV Globo, na madrugada desta terça-feira. O pedetista apontou que Lula cometeu erros durante a gestão à frente do Executivo e traçou um paralelo entre os chamados “bolsonarismo” e “lulopetismo”. “Chega! O mal que o Lula já fez ao Brasil é muito maior que o bem que ele fez em algum momento”, disse o pré-candidato à presidência da República sem mencionar o que ele próprio fez de bem ao Brasil. Nos últimos meses, o pedetista vem mantendo um discurso de ataque aos dois nomes mais bem colocados nas pesquisas de intenção de voto para 2022, o presidente Jair Bolsonaro e o ex-presidente Lula.

DEBANDADA

As eleições de 2022 poderão mudar a fisionomia do primeiro escalão do governo de Jair Bolsonaro. Ao menos 11 dos 23 ministros pretendem deixar a equipe para disputar as eleições do ano que vem. Abril é o prazo é estipulado pela Lei Eleitoral, que obriga ocupantes de cargos públicos a entregar os postos seis meses antes das eleições, se quiserem ser candidatos. Bolsonaro conta com vários deles para ajudar a montar palanques que deem sustentação à sua campanha pelo segundo mandato, principalmente em São Paulo, maior colégio eleitoral, e em Estados do Nordeste, reduto do PT do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, seu maior adversário político.

VAI NA FÉ

Mesmo com a possibilidade remota de restrições no consumo de energia, o discurso de muitos empresários não afasta a preocupação em relação à crise hídrica e as condições de fornecimento nos próximos meses. Segundo levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI), 62% dos empresários consultados acreditam que é provável ou certo que haverá um racionamento de energia neste ano devido à grave situação dos reservatórios. Desses, 7% dizem ter certeza que será necessário impor esse tipo de medida. Publicamente, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, sempre descarta que o governo trabalhe com a possibilidade de um racionamento de energia, como aconteceu 20 anos atrás.

CASSAÇÃO

Marcelo Camargo/Agência Brasil

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), deve colocar em pauta nesta semana a cassação da deputada Flordelis (PSD-RJ) por quebra de decoro parlamentar. A política é acusada de ser a mandante do assassinato do próprio marido, o pastor Anderson do Carmo. Em junho, o Conselho de Ética da Casa recomendou a perda do mandato de Flordelis. Para que isso ocorra, a decisão precisa obter a maioria absoluta dos votos — 257 de 513 deputados. Mesmo correndo contra o tempo pela reforma tributária, a câmara deverá apreciar o caso de Flordelis.

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