Últimas Postagens

Presidente do Banco Central diz que momento de incertezas no País dificulta condução da política monetária

Por 

Em meio  a crise hídrica, ruído eleitoral e série de abalos políticos, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse nesta sexta-feira( 3) que a condução da política monetária fica mais complexa diante do momento de incerteza em relação à economia brasileira. “A gente tem todos os choques externos, choques internos, a crise hídrica, mais um ruído eleitoral, de fato isso dificulta”, disse Campos Neto. “Mas o BC tem de pensar que a nossa missão é atingir a meta, entregar a meta de inflação, isso é o elemento mais importante para garantir a estabilidade com crescimento sustentável de curto, médio e longo prazo.” Segundo Campos Neto, o descolamento da inflação em relação à meta na época em que a Selic atingiu a mínima histórica, em 2%, é maior do que o observado hoje, quando o BC está em um ciclo de aumento de juros para perseguir a meta de IPCA de 2022. “Com os dados que a gente tinha naquele momento, a desancoragem para baixo em termos de magnitude era muito maior do que ela é para cima hoje. A gente está num exercício de olhar para o outro lado, entendendo essa inércia, os diversos choques”, afirmou.

EMPRESÁRIOS NA FILA 

Até o fechamento da coluna, os comentários dos políticos de plantão eram no sentido de que mega-empresários  estão tentando articular um encontro com o presidente Jair Bolsonaro, em São Paulo, na próxima terça-feira (7) quando ele estará na capital paulista para participar das manifestações do 7 de Setembro. De acordo com informações de bastidores, o objetivo, porém, não é falar sobre a crise entre os Poderes que motiva os protestos. Eles querem discutir com o presidente a desoneração da folha de pagamento, que acabará no fim deste ano.O pedido do empresariado é que o governo amplie a desoneração para todos os setores e torne o mecanismo permanente. Para isso, contudo, é preciso encontrar uma fonte de recursos para bancar o benefício.

PROJETO POLÊMICO

A falta de consenso em torno do projeto adiou  para a próxima semana, após o feriado, a votação do projeto do Código Eleitoral. Entre os temas polêmicos, está o que prevê a proibição de pesquisas de intenção de voto na véspera e no dia das eleições. O parecer da relatora do Código Eleitoral, deputada Margarete Coelho (PP-PI), é uma compilação de toda a legislação eleitoral em vigor em 905 artigos e foi elaborado após discussões de um grupo de trabalho criado pela Câmara. Deputados de vários partidos criticaram o fato de o texto ter ido ao plenário sem passar pelas comissões da Casa. A proposta teve requerimento de urgência aprovado por 322 votos a 139, na última terça-feira. Porém, após um acordo de líderes, os deputados realizaram apenas a discussão da matéria, adiando a votação para a próxima semana.A pressa de Lira em votar o Código Eleitoral também foi contestada no Supremo Tribunal Federal.

REDES AGITADAS

As redes sociais viverão seu primeiro teste pesado no próximo 7 de Setembro. Um levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública revelou que 27% dos PMs frequentam ambientes bolsonaristas radicais nas redes. Dentre os oficiais PMs, o que é mais preocupante, 23% estão nesses ambientes radicais. Um quarto. É muito. É bom lembrar, que diversos segmentos sociais estão agitados às vésperas do 7 de Setembro, quando estão programados atos no País convocados pelo presidente Jair Bolsonaro e por seus apoiadores, em defesa da democracia, da harmonia entre os Poderes e de reformas que sustentem a recuperação econômica nacional, de instituições bancárias e das cúpulas do Judiciário e do Congresso.

ARGUMENTO DE BOLSONARO

Como era de se esperar, o presidente  presidente Jair Bolsonaro (sem partido)  continua inquieto e disse nesta sexta-feira (3/9) que o povo dará um “ultimato” a quem ousar desafiar o governo. Bolsonaro fez referência aos atos convocados para o próximo 7 de Setembro.“Nós não precisamos sair das quatro linhas da Constituição. Ali temos tudo o que precisamos, mas, se alguém quiser jogar fora dessas quatro linhas, nós mostraremos que poderemos fazer também valer a vontade e a força do seu povo”, disse em discurso durante cerimônia na Bahia, onde cumpre agenda nesta sexta.“Após o 7 de Setembro, o que ficará para todos nós com essa demonstração gigante de patriotismo visto em todos os quatro cantos do nosso Brasil, eu duvido que aqueles um ou dois que ousam nos desafiar, desafiar a Constituição, desrespeitar o povo brasileiro, saberão voltar para o seu lugar. Quem dá esse ultimato não sou eu. É o povo brasileiro. Povo esse ao qual repito nós todos, políticos, devemos lealdade”, prosseguiu.

COBRANÇA DOS GOVERNADORES

Muitos debates foram registrados em Brasília no decorrer da semana. Além de tratar sobre vacinas e crise entre os poderes, governadores discutiram com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), temas como as reformas eleitoral e do Imposto de Renda (IR).Segundo apurou a coluna, governadores pediram a Pacheco que o Senado derrube artigos do texto da reforma do IR aprovado pela Câmara que podem provocar perda de arrecadação para estados e municípios.A principal crítica dos governadores é à redução do da alíquota do Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ) dos atuais 25% para 18% a partir de 2022. O tributo é dividido pela União com os estados.

INDÚSTRIA DE BOATOS

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, chamou, nesta sexta-feira (3), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de “mito”. Ele também ironizou o boato de que teria pedido demissão do cargo. A notícia foi desmentida pelo próprio cardiologista na noite de quinta-feira (2/9).Em conversa com jornalistas na sede do Ministério da Saúde durante esta manhã, Queiroga disse: “Deixa eu subir [ao gabinete], tenho que trabalhar. Senão o mito me manda embora”.Após negar que pediria demissão, Queiroga chamou a imprensa de “indústria de boatos”.“Não pedi demissão nem vou pedir demissão. Estarei aqui no Ministério da Saúde até o dia que o presidente da República decidir que sou útil à nação brasileira”, afirmou.

DEU NA MÍDIA

Um balanço para chamar de seu, eventual factoide – a contar pelo momento, mas praxe de muitos governantes – os mil dias de gestão entraram no gabinete presidencial como novo plano de Jair Bolsonaro para mostrar o que fez até agora.Bolsonaro vai lançar na segunda quinzena de setembro a campanha dos seus 1.000 Dias de Governo. E, de carona, segundo uma fonte palaciana, um roteiro nacional com 32 motociatas por cidades de diferentes Estados até o fim do ano.

MINISTRO INSATISFEITO

O ministro do Trabalho e Previdência, Onyx Lorenzonial está revoltado pelo fato do Senado Federal ter   rejeitado nesta semana a Medida Provisória 1045/2021, que mantinha o programa de proteção ao emprego e criava projetos que, entre outras coisas, incentivam a contratação de jovens e pessoas com mais de 50 anos. Para os críticos, a proposta era considerada uma minirreforma trabalhista, sendo considerada um retrocesso. Na visão do governo, no entanto, a proposta buscava garantir a manutenção dos empregos em meio à pandemia, afirma. “Temos 14 milhões de pessoas desempregadas. Elas estão precarizadas. Estamos falando de abrir uma porta para pessoas que, em sua grande maioria, não têm qualificação. Ideia é dar oportunidade para que em um turno ela pudesse ter uma ocupação, seja na empresa privada ou pública, e a cada semestre ela teria que fazer uma formação”, afirmou em entrevista.

Latest Posts

Não perca