Durante cerimônia de inauguração da Estação Cidadania, entrega de títulos de propriedades rurais e anúncio de duplicação das BRs 116 e 101, em Teixeira de Freitas, na Bahia, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse que o governo federal poderá atender os “mais necessitados” por algum tempo, em referência ao programa auxílio emergencial.
“O grande problema eram os mais humildes. Temos que trabalhar, sim, para atender a esses que ainda não retornaram ao mercado de trabalho. O Brasil é grande e próspero. Temos um país rico e podemos atender aos mais necessitados por mais algum tempo e, pedimos a Deus que a pandemia se vá logo embora e todos nós possamos voltar à normalidade”, disse o chefe do Executivo durante o discurso.
Bolsonaro continuou, salientando os gastos do governo com o programa, caracterizado por ele como “maior plano social do Brasil”. O mandatário também enfatizou que o valor gasto com auxílio emergencial ultrapassou o gasto com o Bolsa Família, recentemente mudado para Auxílio Brasil.
“Somente o ano passado, a título de Auxílio Emergencial, o Brasil gastou com vocês aproximadamente o equivalente a [valor gasto com] 13 Bolsa Família. Sinal que nós nos preocupamos com os mais humildes. Também com outros projetos conseguimos a manutenção de emprego pra quem tinha carteira assinada”, continuou Bolsonaro.
Apesar da sinalização de uma possível prorrogação do benefício, o ministro da Economia, Paulo Guedes, já se manifestou contrário ao pagamento dos valores em 2022.
Como revelou a coluna do Igor Gadelha, interlocutores afirmam que Guedes teme que o Congresso Nacional aumente o valor do auxílio emergencial, atualmente entre R$ 150 e R$ 375, o que pressionaria ainda mais a inflação. Para o chefe da equipe econômica, o correto, do ponto de vista de responsabilidade fiscal, seria viabilizar o Auxílio Brasil, que deverá ter valor de R$ 300 e ficar dentro do teto de gastos.
Agenda na Bahia
A ida ao município baiano é o primeiro destino das viagens pelo Brasil, que o chefe do Executivo fará na tentativa de emplacar uma agenda positiva num momento em que a reprovação do governo está alta. Os eventos fazem parte da semana de comemoração pelos mil dias de mandato, completados no domingo (26/9).